COQUELUCHE

A medida de controle da coqueluche, de interesse prático em saúde pública, é a vacinação dos suscetíveis na rotina da rede básica de saúde. A vacina contra a coqueluche deve ser aplicada mesmo em crianças com histórico anterior da doença. A DTP (tríplice bacteriana) ou DTPa (tríplice acelular) é recomendada até a idade de seis anos (6 anos, 11 meses e 29 dias), sendo que a vacina combinada DTP+Hib é preconizada para os menores de um ano.

Definição

A coqueluche é uma doença infectocontagiosa aguda do sistema respiratório, que provoca tosse paroxística de intensidade variável e com duração de várias semanas. Os primeiros casos da doença foram descritos no século XVI e seu agente etiológico, a bactéria Bordetella pertussis, foi identificada em 1900 e isolada em 1906 por Bordet e Gengou. A Bordetella pertussis é uma das quatro espécies de bactérias que formam o gênero Bordetella, constituindo-se em um cocobacilo gram-negativo, imóvel e aeróbio que necessita de meios de cultura específicos e condições ambientais favoráveis para o seu crescimento. Uma das características principais deste microrganismo é a produção de toxinas. É causa importante de morbi-mortalidade infantil. Estima-se que cerca de 50 milhões de casos e 300 mil óbitos ocorram a cada ano no mundo, e a letalidade em crianças, pode aproximar-se de 4%. Mundialmente, a coqueluche é a terceira causa de morte entre as doenças imunopreviníveis. Atualmente, países desenvolvidos deparam-se com a reemergência da coqueluche. Nesses países, a imunização em massa de crianças com a vacina DPT celular (contra difteria, coqueluche e tétano) reduziu a incidência e mortalidade entre crianças até quatro anos de idade. Visto que a imunidade adquirida artificialmente não é duradoura, as altas taxas de cobertura vacinal determinaram uma mudança no padrão da infecção. Hoje em dia, além de atingir as crianças ainda não completamente imunizadas, a coqueluche atinge também as crianças vacinadas maiores de quatro anos de idade, adolescentes e adultos.

Sintomas

  • Coriza;
  • Espirro;
  • Febre baixa;
  • Tosse noturna.

Tratamento

Inicialmente o tratamento é o suporte, que inclui internação, monitorização da respiração, suporte circulatório e nutricional. Evitar o que desencadeia a tosse paroxística como exercícios, baixa temperatura e aspiração de nasofaringe. Recomenda-se o tratamento para todos os indivíduos, que possuem cultura positiva ou reação de cadeia de polimerase positiva, considerando também presença de sintomas. Outra recomendação é o tratamento para pacientes com diagnóstico clínico com sintomas por menos de 21 dias. A terapia antimicrobiana quando administrada nos sete primeiros dias dos sintomas, encurta a duração dos sintomas e diminui a transmissão dos contatos suscetíveis.

Controle

A medida de controle da coqueluche, de interesse prático em saúde pública, é a vacinação dos suscetíveis na rotina da rede básica de saúde. A vacina contra a coqueluche deve ser aplicada mesmo em crianças com histórico anterior da doença. A DTP (tríplice bacteriana) ou DTPa (tríplice acelular) é recomendada até a idade de seis anos (6 anos, 11 meses e 29 dias), sendo que a vacina combinada DTP+Hib é preconizada para os menores de um ano.