Instituições envolvidas

UFRN

O PADRÃO DE RESPIRAÇÃO ORAL REPERCUTE NA QUALIDADE DO SONO, FUNÇÃO RESPIRATÓRIA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE CRIANÇAS ASMÁTICAS ?

INTRODUÇÃO: O padrão de respiração oral, comum em crianças asmáticas, pode gerar comprometimentos de ordem estrutural, tornando-as mais susceptíveis à episódios de crises. O objetivo deste estudo é observar se este padrão carreta prejuízos na qualidade do sono, função pulmonar e capacidade funcional de crianças asmáticas em comparação às crianças saudáveis.

MÉTODOS: A população foi constituída por crianças asmáticas entre 7-11 anos, assim como escolares saudáveis, vinculados à rede pública. Todos os participantes do estudo realizaram avaliação antropométrica, espirometria e avaliação da qualidade do sono. As crianças asmáticas foram subdivididas em 2 grupos: Asmáticas Respiradores Orais - ARO (n=19) e Asmáticas Respiradores Nasais - ARN (n=17). Um terceiro grupo foi composto por escolares saudáveis - GS (n=15).

RESULTADOS: Os grupos avaliados foram homogêneos, em relação ao sexo, idade, altura, peso e Índice de massa corporal (IMC). Não foram observadas diferenças na gravidade da asma (p=0,20) e entre níveis de controle da doença (p=0,70). As crianças asmáticas de ambos os grupos apresentaram maior ocorrência de sinais clínicos de dispneia a grandes esforços (p<0,001) quando comparadas às crianças saudáveis. O grupo ARN apresentou maior grau obstrutivo em comparação ao grupo ARO (p=0,02). Crianças do grupo ARO apresentaram prejuízos na qualidade do sono relacionados aos distúrbios de início e manutenção do sono (p≤0,05), distúrbios respiratórios do sono (p ≤0,01), sonolência excessiva diurna (p≤0,05) e no escore total (≤0,01), quando comparadas aos grupos GS e ARN.

CONCLUSÃO: Os achados sugerem que o padrão de respiração oral apresenta repercussões no desenvolvimento de distúrbios do sono de crianças asmáticas.

Resumo leigo

Veja em breve! (:

Pesquisadores envolvidos

Renata Ramos Tomaz;

Ada Cristina Jácome Sarmento Silva;

Ana Aline Marcelino Da Silva;

Diana Amélia Freitas;

Gracielle Costa De Lima;

Karla Morganna Pereira Pinto de Mendonça;

Priscila Rique Furtado;

Thalita Medeiros Fernandes Macêdo

Abstract

INTRODUCTION: Mouth breathing is common in children with asthma and may cause structural changes which lead to a higher number of acute exacerbations. This study had the aim to analyze if mouth breathing causes damages in quality of sleep, lung functional and functional capacity of children with asthma comparing with healthy children.

METHODS: The sample consisted of children with asthma and healthy children aged 7-11 years old. All children underwent spirometry, anthropometric measurements and quality of sleep assessment. Children with asthma were divided into two groups: mouth breathing (19 children) and nasal breathing (17 children). A third group consisted of 15 healthy schoolchildren.

RESULTS: There were no differences regarding gender, age, height, weight and body mass index among groups. It was not found difference regarding asthma severity (P = 0.20) and different levels of asthma control (P = 0.70). Children with asthma from both groups had a higher occurrence of clinical signs of dyspnea upon exertion (P<0.001) when compared to healthy children. Children from the mouth breathing group showed worse quality of sleep related to disorders of initiating and maintaining sleep (P ≤ 0.05), sleep breathing disorder (P ≤ 0.01), excessive somnolence (P ≤ 0.05) and total score (P ≤ 0.01) when compared to the nasal breathing and the healthy children groups.

CONCLUSION: Data from this study suggest that mouth breathing leads to repercussions on the development of sleep disorders in children with asthma.